Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Mais ou menos coisa e tal

Mais ou menos coisa e tal

25.02.21

UM HERÓI E DOIS COBARDES

Rui Gonçalves

MARCELINO DA MATA.png

O Tenente Coronel Marcelino da Mata, foi um herói nacional, a quem a nação muito deve pela sua bravura em combate na guerra colonial. É por isso, o militar mais condecorado de sempre do exército português. Daqueles heróis que já não se “fabricam”. O país não teve para com ele a atenção que devia ter tido, não só na hora da sua morte, mas mesmo em vida. Evidentemente que a bravura de Marcelino de Mata se demonstrou em combate, sim, porque ele era militar. A guerra colonial não foi iniciada, declarada, ou feita por ele, nem por nenhum dos milhares de combatentes que nela participaram, muitos com o sacrifício da própria vida, afinal os intervenientes limitaram-se a fazer o seu trabalho, fosse no cumprimento do serviço militar obrigatório, ou enquanto profissionais. Foi assim na guerra colonial, como em qualquer guerra. Portanto, Marcelino da Mata é merecedor da maior consideração e respeito. Marcelino da Mata, fez mais pelo país que qualquer político nas últimas décadas.

Ao invés, um tal de Mamadou Ba, que agora anda por aí a ofender a memória do herói Marcelino da Mata e a ofender todos os portugueses brancos, na qualidade de maior racista que algum dia aterrou neste país, tem na cor da pele, a única qualidade merecedora de consideração. De resto, é daqueles seres humanos dispensáveis em Portugal, porque não tem a dignidade mínima merecedora de qualquer respeito. Ao contrário de Marcelino da Mata, que combateu em defesa da pátria, numa guerra que ele não fez, Mamadou, incendeia e provoca intencionalmente guerra em tempo de paz, apenas porque tem o prazer de incendiar. Enquanto Marcelino da Mata, deu de si pela Pátria, em permanente perigo de vida, esse tal de Mamadou, criatura execrável, explora a teta da pátria que o acolheu e lhe deu guarida, vivendo à custa de expedientes manhosos, com uma causa inventada pelo próprio, pago e alimentado pelo orçamento do Estado, que é como quem diz, pelos cidadãos portugueses, porque tem uma nacionalidade que não merece e nunca lhe devia ter sido atribuída e como tal é tempo de lhe ser retirada, rumo à deportação. Um parasita guerrilheiro.

Mas o Mamadou não está sozinho e não é único e a prova de que as criaturas execráveis não têm cor de pele, é que agora também um outro Mamadou mas em versão “branca”, esse tal Ascenso Simões, para mal dos nossos pecados, deputado da nação, não menos incendiário, declara que, “o dia 25 de Abril de 1974 não foi uma revolução, foi uma festa. Devia ter havido sangue, devia ter havido mortos”. Desejar a morte de adversários políticos, é o que defendem os carniceiros sanguinários, que não são dignos de respeito. Como se não bastasse e tal como previ no anterior artigo, aí vem ele defender a demolição do Padrão dos Descobrimentos, um símbolo do maior feito da história da nação. Quem não respeita a história e os seus antepassados, não é digno de uma nacionalidade.

Registe-se, ontem declararam a destruição dos brasões da Praça do Império, hoje a demolição do “Padrão dos Descobrimentos”, amanhã, podem crer, vão defender a destruição da Torre de Belém e dos Jerónimos, até ao dia em que alguém os travar definitivamente.  

Dizer pela boca fora, toda a espécie de alarvidades que lhe ocorre, ofendendo vivos e mortos, incentivando ao ódio e à violência, não pode ser desculpado, à luz de uma tal liberdade de expressão. 

O herói Marcelino da Mata, por acaso preto, põe estes dois cobardes, Mamadou, preto e Ascenso, branco, a um canto, em todas as dimensões da vida humana.

Gente repugnante, é dispensável.  

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Rui Gonçalves 25.02.2021

    Boa noite
    Nunca um comentário educado e até fundamentado, será uma ofensa ou agressão.
    Quanto à substância do mesmo. As realidades mudam com os tempos. Naquela altura, embora se tratasse de uma ocupação (e por isso se chamou colonialismo), aqueles territórios eram considerados parte integrante do território nacional e como tal, constituíam no todo a pátria. Hoje, obviamente a realidade é outra e a visão após 47 anos, não pode ser igual à da altura. Naquela época e naquele contexto, o Marcelino da Mata foi um herói nacional, na medida em que cumpriu uma missão, sem dúvida em defesa da pátria da altura. Como considero que a história não se apaga, não se omite, nem se renega, porque é impossível renegar, não se podem julgar actos praticados segundo um contexto hoje inexistente. O que pretendo realçar, é que não foi o Marcelino da Mata, nem nenhum dos muitos milhares de portugueses que mataram inimigos, que escolheram fazer aquela guerra, ou pediram para lá intervir. Eles cumpriram uma missão. Note-se que em nenhum momento defendi a guerra colonial, como tenho para mim que nenhuma guerra é justa ou legitima e como tal, aquela também não foi.
    Rui Gonçalves
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Mais sobre mim

    foto do autor

    Sigam-me

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D